quinta-feira, 6 de março de 2014

O CABEDAL DAS CRENÇAS


No decorrer da história, os inúmeros sistemas de crenças, estabelecidos na espécie humana, estimularam estilos de vida das mais variadas estirpes, condensando-se em nações, famílias, costumes, filosofias, religiões, leis, conceitos morais, etc.
Hoje nos defrontamos com o pensamento da eficiência, da produtividade e atitudes globalizadas influindo na maioria das culturas conhecidas.
O cotidiano global vem alterando a praticidade, prevalecendo uma versatilidade incondicional: as distâncias
se encurtaram e o tempo tornou-se muito veloz numa super população que exige pressa nas resoluções de suas dificuldades.
Vivemos inundados de agendas, deveres e necessidades "reproduzidas", desenvolvemos estratégias que garantam a segurança e a estabilidade financeira, porém, cultivamos virtudes ascensionais estratificadas da sociedade elitista.
A criação de artifícios forjam a Natureza acalentadora e imprescindível do reconhecimento da harmonia holística na compreensão de mundo.
O mito é o próprio ego, que oferta o prêmio do exílio do ser nas entranhas da solidão.
A mente do homem adoece?
Uma ilusão dissimula feito camaleão na selva.
O imaginário abriga o ser nativo que é arrebatado pelos fios da persuasão do ser ideológico: o terreno da ilusão.
Ilusões que assenhoram atribuições;
Ilusão que deflagra a marginalidade se assim não for objeto de veemência.
Neste mundo "do real", os bens perecíveis -que não seguem os mortos para consolá-los- e os valores individuais submetem a mente na afluência oceânica das crenças ideológicas, como um processo obsessivo- compulsivo da mente coletiva e inconsciente, restando apenas, um contrassenso questionar tal condição.
Contudo, ao diluir a impregnação do ego e dos sistemas pela reflexão meditativa, impulsionado pelo desejo e pela força da crença do pensamento transcendente, um influxo arrebatador da experiência de fenômenos cognitivos inusitados toma posse do ser e uma certeza floresce sobre si mesmo, quando se crê nas virtudes superiores em si mesmo. É o prelúdio manifesto de faculdades latentes no ser humano.
Assim, nos deparamos com dois processos de abertura da censura, no mecanismo de proteção da mente:
 a alteração da consciência -espontânea ou trabalhada- pelo transe hipnótico;
 e o desprendimento do cotidiano pessoal, crenças e ideologias pela manifestação da cognição extrafísica.
O transe hipnótico ocorre no corpo somático e a manifestação da cognição extrafísica na psique bem treinada, movida pela paixão e desejosa do bem e do avanço do espírito do homem.
(texto em construção- suscetível a alterações)