quarta-feira, 29 de junho de 2011

O H I P N O T I S M O

estudospsicologicos@gmail.com



"Do mesmo modo que a balbúcia e a galhofa persistem, tecem intrépida fábula de dardejar perspicaz centelha, excitando as línguas do fogo a arder nos pés da inocente floresta pejada de vida. É muito sábio apreciar em que momento as opiniões são dúbias, escupidas no cinzel do preconceito; desqualificando a novidade.
Tudo é movimento constituído pelo novo; somente os estudiosos do bom senso serão capazes de desfocar a realidade cotidiana para mergulhar no enigmático da criação.
Só assim que o véu que separa a vida dela mesma, a vida e a morte e a morte da vida será rompido definitivamente. Então, será sentida a promessa da libertação do [Rio do Esquecimento*]." (* Platão)


O Hipnotismo é uma prática e uma ciência de investigação dos processos naturais existentes em todos os seres vivos.
O Hipnotismo abrange as propriedades do sono e do cérebro, do comportamento e das inúmeras condições patológicas da vida e também da morte; é, oportunamente, o novo [e o velho] caminho da consciência, do crescimento pessoal.
Assim, a produção do conhecimento nos conduziu a este fenômeno eletrizante, que em nada se compromete com qualquer espécie de ideologia, crença religiosa ou seita - mesmo porque a fonte do conhecimento é uma produção universal, patrimônio de toda a humanidade; qualquer particularismo o igualaria à hipocrisia, o que já não seria ciência e estaria fadado à extinção.
O Hipnotismo é uma consciência que se estabelece e, surpreendentemente, nos leva ao despertar do "longo sono uterino"; assim, pensamos que o momento do parto já ocorrera e a criança vive sadiamente.
É, aliás, um [re] conhecimento, que trás em seu seio o autêntico espírito da verdade, que ai está para esclarecer do que existe por detrás do comum.
Já que a prática da Hipnose, ou Hipnotismo, é o condutor das águas, depara-se, com efeito, com o afunilamento da existência, incorporada na totalidade da natureza, nas diversas dimensões da sua consciência, que conceituamos muitas vezes de imaginário ao acaso, porém, quando se escapa das convencionais dimensões do cérebro "espaço e tempo", se coabita transitoriamente com o território da supra consciência, da supra sensibilidade e da supra-inteligência. Sempre o novo, sempre se reverencia a vida, a alegria e a perfeição. Sempre se aprende a conhecer.
A Hipnose é arte, também, ciência de concepção ético-filosófica; definida de Hipnologia quando se detém na sua amplitude do saber, devendo assim, jamais ser tomada de insumo do reducionismo, quando o produto final é orientado exclusivamente por uma prática esteriotipada e manietada ou atravessada pelos interesses financeiros, pela vaidade ou pela fama, é evidente que nesse sujeito reside grande ignorância e grande estupidez.
Por que razão dizemos essas coisas?
É porque, ao longo do tempo, a Hipnose tem sido instrumento da usurpação de meros imitadores, pessoas incipientes mas insensatas, que adulteram uma oportunidade, que colapsam a "realidade de primeira grandeza" [perceba!... o nosso sol é de quinta grandeza] na consciência coletiva.
O Hipnotismo é tão antigo quanto a humanidade, mas é nesta nossa atualidade que outros aspectos da consciência estão em prova.
"O Hipnotismo já foi a base das ciências ocultas no antigo Egito, na Grécia e na Índia. As manifestações da hipnose eram consideradas como milagres com que os feiticeiros, bruxos ou sacerdotes pagãos, dizendo-se mensageiros dos deuses, empolgavam o povo."  (Ferreira, MVC - Hipnose na Prática Clínica)
A bem da verdade, num propósito de obter breve noção, introduzimos aqui o quanto esse pessoal da ciência vêm se dedicando pelo Hipnotismo ao longo dos últimos '500 anos'. A seguir, de maneira curiosa, Ferreira (p. 09 - 40) tece um ligeiro retrato histórico:
tratamento pelo ímã (Paracelso, 1529)- Philippe Bombast vom Hohenheim (1493-1541), era médico e filósofo suíço; considerava que todos os seres humanos estavam sobre a ação do influxo sideromagnético dos astros. Para ele, considerado o pai da medicina hermética, o corpo humano se comportava como um verdadeiro ímã, que podia atrair o fluxo dos astros e absorvê-lo, bem como assimilar ou eliminar os elementos terrestres. O pólo norte do corpo humano corresponderia aos pés e o pólo sul aos genitais. Ele empregava minerais magnéticos para o tratamento das doenças e relatava várias curas. Em virtude das suas idéias Paracelso foi perseguido, tendo que ir de uma cidade para a outra.
 magnetismo animal  (Mesmer, 1776 e 1779)- Franciscus Antonius Mesmer, conhecido como Franz Anton Mesmer (1734 - 1815). Mesmer fez estudos de filosofia, teologia e jurisprudência. Depois fez o curso de medicina na universidade de Viena, formando-se aos 32 anos, em 1766, com a apresentação da tese Dissertatio Physico-Medica de Planetarum Influxu (Dissertação Físico-médica sobre a Influência dos Planetas). Sua tese considerava que um "fluido sutil" unia todos os corpos do universo, fazendo com que uns atuassem sobre os outros. Os astros, principalmente o sol e a lua, exerciam influência sobre os homens. O fluido emanado pelos astros teria a capacidade de ser captado e armazenado nos metais especiais, e pela sua analogia com as propriedades do ímã, foi chamado de magnetismo animal. O padre jesuíta Maximillian Hehl (1720-1792), e astrônomo real para a corte da Áustria, interessado em magnetismo, tomou conhecimento da tese de Mesmer e fez alguns ímãs nas formas dos órgãos que estavam destinados a curar. O padre Hehl ou Hell como muitos grifam (que em alemão significa luz), conta isso ao seu amigo Mesmer, que pede ao padre para confeccionar alguns ímãs e começa a fazer experiências conseguindo bons resultados. Inicialmente Mesmer usou placas imantadas condensadoras e condutoras de "fluido magnético" para a cura de pessoas. Mais tarde, Mesmer chegou à conclusão de que as placas imantadas eram um intermediário inútil, porque o corpo humano, sendo um depósito natural do "fluido", seria o agente por excelência atuando sobre outros corpos. Em 1777 tratou uma jovem de 18 anos de idade, chamada Maria Thereza Paradis, pianista precose, que havia subitamente perdido a visão desde os três anos de idade, e já havia consultado eminentes médicos da época. Mesmer, considerando a necessidade de um rapport adequado, transferiu-a para a sua própria clínica.
Com o tratamento a paciente começou a enxergar, e Mesmer afirmou que ia levá-la para a Imperatriz (que era madrinha da paciente) a fim de demonstrar a cura. Contudo, isso despertou a indignação da conservadora sociedade médica vienense,que procurou os pais da paciente afirmando não acreditar que ela estava enxergando, e que se isso fosse verdadeiro ela perderia a pensão que recebia por ser excelente pianista cega. Se voltasse a ver seria simplesmente mais uma pianista. Desse modo, convenceram os pais da paciente a entrar na clínica de Mesmer para retirá-la, à força. Como resultado desse episódio Maria Thereza teve uma recaída, perdeu novamente a visão e Mesmer foi convidado a encerrar sua prática médica ou deixar Viena. Mesmer foi para Paris, e lá idealizou um aparelho denominado "Baquet" (tina).
O "Baquet" era uma caixa de madeira circular, cheia de limalha de ferro. Sobre a limalha estavam garrafas com água "magnetizada", que se comunicavam entre si. Do interior da caixa saíam hastes de ferro móveis as quais os doentes aplicavam sobre a parte doente do corpo. Ao redor desse aparelho reuniam-se ao mesmo tempo 130 pessoas na penumbra e com fundo musical de órgão. Nessas condições ideais de sugestão indireta, os doentes eram acometidos de "convulsões terapêuticas". Na época de Mesmer os ímãs eram considerados um mistério, e muitos acreditavam que eles tinham grande poder. As pessoas da época acreditavam nos ímãs e estavam convencidas de que eles podiam produzir curas; logo resultados eram esperados e resultados eram produzidos. Mesmer publicou nova tese em 1779, Mémoire sur la découvert du magnétisme animal, modificando alguns conceitos sobre o magnetismo animal. Agora, Mesmer reconhecia no corpo humano propriedades semelhantes às do ímã, tendo também dois pólos opostos, e "a ação do fluido" ou magnetismo animal, entre uns e outros corpos animados e inanimados, sem a intervenção de intermediários. O "fluido", muito embora fosse universal, não existiria em igual intensidade em todos os corpos, e naqueles em que estivesse mal distribuído ou ausente, ocorreriam as doenças. A função do magnetizador era fornecer o "fluido" necessário ao órgão afetado, favorecendo o equilíbrio mais harmônico do organismo.
Mesmer foi considerado charlatão pela comissão científica nomeada pelo rei Luís XVI. Pelo que, as curas eram decorrentes da imaginação e da imitação; a imaginação sem magnetização produzia as convulsões; o magnetismo sem imaginação nada produzia. Como a imaginação não era aceita pelos estudos científicos da época, o magnetismo foi considerado sem valor para ser comentado ou uma fraude produzida por um charlatão.
 sonambulismo Artificial  (Marquês de Puységur, 1784)- Armand Marie Jacques de Chastenet, discípulo de Mesmer, tratando separadamente um paciente, observou que ao invés de o mesmo apresentar convulsões, como ocorria com os pacientes de Mesmer, ele dormia tranquilamente e durante esse sono podia falar, responder ordens, e após ser acordado não lembrava de nada; denominou de sonambulismo artificial por analogia ao sonambulismo do sono fisiológico; enfatizou a idéia de que os fenômenos do magnetismo ocorriam mais provavelmente em certas condições, que ele denominou "rapport exclusivo" entre o hipnotista e a pessoa hinotizada.
 sono lúcido (abade Faria, 1813)- José Custódio de Faria (1756- 1819), considerava que não podia haver influência de um "fluido" nas experiências do Marquês de Puységur; era a vontade do paciente que conduzia ao que chamava de "sono lúcido"; a vontade receptiva do paciente e o rappot entre o paciente e o magnetizador determinavam a formação do processo de cura.
 hipnotismo  (James Braid, 1843)- James Braid (1795- 1860), adepto do ocultismo, médico oftalmologista e cirurgião. Com Braid apareceram os primeiros conceitos científicos sobre o hipnotismo, porém já em 1826, Simon Mialle publicou um livro relacionando grande variedade de desordens orgânicas e mentais, em ordem alfabética, nas quais o magnetismo animal havia sido empregado com êxito, e apresentando uma referência à nomenclatura baseada no prefixo hypn - que dá origem às palavras hipnose e hipnotismo. Essa terminologia já existia nos dicionários franceses.
Braid estava inclinado a juntar-se àqueles que consideravam o magnetismo animal como sendo um sistema de cooperação secreta ilegal e prejudicial ou uma ilusão, ou de imaginação exaltada, simpatia ou imitação; assistiu pela primeira vez às demonstrações de Lafontaine, saiu com a mesma impressão que entrou; seis dias depois, assistiu a uma segunda demonstração e o fato de o indivíduo não poder abrir as pálpebras lhe chamou a atenção. Braid achou que aí estava a causa do fenômeno, e ao voltar para casa fez experiências com a esposa, um amigo e um criado. Pediu para que olhassem fixamente um determinado ponto brilhante até que seus olhos se entregassem extenuados ao repouso. A partir desse momento teve em suas mãos essas pessoas "magnetizadas".
As primeiras conclusões de Braid foram: o mesmerismo era puramente subjetivo; não dependia de qualquer poder mágico, de nenhuma influência astral, de qualquer fluido mineral ou animal, nem sequer de qualquer influência da pessoa do operador; esses fenômenos deviam-se exclusivamente à natureza física, mecânica e funcional, produzindo alterações nos órgãos dos sentidos, especialmente na visão, levando a um esgotamento do centro visual pela estimulação continuada e monótona; introziu o método de indução da fixação do olhar, que ainda hoje pode ser utilizado, com ou sem modificações.
Em 1843 Braid publica Neurypnology or the rationale of nervous sleep no qual aparece a primeira terminologia sobre o hipnotismo. Ele achava que o fenômeno era devido a um tipo de sono nervoso e por isto aplicou a palavra "Hipnose". Muito embora com James Braid a palavra hipnotismo tenha ficado consagrada, foi o francês Etienne Felix d'Henin de Cuvillers, que aplicou 20 anos antes o prefixo hypn- para uma variedade de palavras descritivas do processo de Mesmer.
Braid percebeu que a indução da hipnose dependia da contribuição pessoal do paciente, da sua concentração mental numa idéia ou numa vontade, ou seja, dependia do domínio de sua atenção; afirmava que uma vez obtida a hipnose poder-se-ia facilmente plantar idéias e vontades no cérebro do paciente. A anestesia obtida sob hipnose era devida a uma inibição de uma parte do cérebro do paciente; achava que existiam acentuadas diferenças no grau de suscetibilidade de diferentes indivíduos à influência hipnótica, uns mais outros menos afetados; os fenômenos hipnóticos da catalepsia, anestesia e amnésia poderiam ser produzidos sem a necessidade de a pessoa dormir.
Em 1843, o médico escocês John Elliotson, professor de cirurgia da Universidade de Londres, criou o primeiro jornal para artigos de mesmerismo (hipnose) e fisiologia cerebral denominado Zoist, publicado até 1855.
Em 1891, a Associação Médica Britânica designou uma comissão para investigar a natureza do fenômeno hipnótico, seu valor como agente terapêutico e suas indicações. O relatório da comissão foi apresentado em 1892, destacando: estavam convencidos dos fenômenos hipnóticos; o termo, hipnotismo, não traduz bem a natureza do fenômeno, já que este é diferente do sono fisiológico; a hipnose é um eficaz agente terapêutico no alívio de dores, no tratamento da embriaguez e na possibilidade de realização de atos cirúrgicos; a hipnose deve ser usada exclusivamente por médicos para fins terapêuticos, somente em pacientes do sexo masculino e quando em mulheres, apenas na presença de familiares ou de pessoas do mesmo sexo; condena veementemente quaisquer exibições recreativas, populares e teatrais de hipnotismo.
 sugestionabilidade aumentada  (Escola de Nancy, 1854-1890) - Ambroise A. Liébeault e Hippolyte Bernheim- no grupo liderado pelo médico rural Ambroise Auguste Liébeault (1823- 1904) e pelo neurologista e professor da Universidade de Nancy, Hippolyte Bernheim (1840- 1919)
se utilizava a fixação do olhar associada à sugestão verbal. O primeiro livro científico sobre hipnose, De la sugestion et de ses applications a la therepeutique foi escrito por Bernheim, em 1886. A sugestionabilidade segundo Bernheim é a aptidão do cérebro de receber ou evocar idéias e sua tendência a realizá-las ou transformá-las em atos. Toda a idéia sugerida tende a se transformar em ato, ou, dito fisiologicamente, todo neurônio acionado por uma idéia transmite impulsos para as fibras nervosas eferentes, as quais conduzem os impulsos para os órgãos que devem efetuar o ato. Denominou-se isso lei do ideodinamismo, Bernheim também afirmou que qualquer fenômeno hpnótico poderia ser produzido pela sugestão em vigília. Na época dessa teoria, Bramwell considerava cinco os pontos principais: (I)- Nada diferencia o sono natural do sono artificial. (II)- Os fenômenos hipnóticos são análogos à maioria dos atos normais automáticos, involuntários e inconscientes. (III)- Uma idéia tem tendência a gerar uma realidade. (IV)- Na hipnose a tendência de aceitar as sugestões é algumas vezes aumentada pela ação própria da sugestão. (V)- O resultado da sugestão na hipnose é análogo ao resultado da sugestão no estado normal.
Por volta de 1875 o neurologista Jean Martin Charcot (1825- 1935), que tratava pacientes histéricos no hospital de la Salpêtrière em Paris, deduzia que a hipnose era uma manifestação histérica. E, ainda, que a hipnose era obtida essencialmente por meios físicos, dando mínimo ou nenhum valor à sugestão. É óbvio que foram dois enormes erros desse famoso neurologista, que, segundo a história, nunca teria hipnotizado ninguém porque seus pacientes histéricos eram preparados pelos seus assistentes. É de autoria de Charcot, em 1878, a teoria de três estágios hipnóticos, sempre relacionados com os pacientes com transtorno de conversão: (I)- Cataplesia, produzida pela fixação do olhar do paciente num foco luminoso forte, ou pela súbita produção de um som como o de um gongo ou diapasão. Na catalepsia, havia rigidez nos membros que permaneciam na posição colocada pelo médico. Os olhos estavam abertos. (II)- Letargia, obtida pelo fechamento dos olhos do paciente ou pelo apagamento do foco luminoso. Na letargia havia surdez, mudez e hiperexcitação neuromuscular. (III)- Sonambulismo, obtido pela simples pressão ou fricção no alto da cabeça. A hiperexcitabilidade tornava-se cutânea. Segundo Schnek, os estádios descritos por Charcot não são inerentes à hipnose, nem há métodos específicos pelos quais possam ser produzidos.
As observações da escola de Nancy, reunidas pos Nicolas, incluem:
I- Jamais observaram os três estados, letargia, catalepsia e sonambulismo. A hipnose é a mesma quer com pacientes histéricos, quer com outros pacientes. As três fases mencionadas não existem nem mesmo com pacientes histéricos.
II- A histeria não é um bom terreno para estudar o hipnotismo. Muitos dos sintomas "histeriformes" (chamados hoje de conversão ou dissociativos), de origem emotiva ou resultantes de auto-sugestão, misturam-se aos fenômenos hipnóticos e para um observador inexperiente é difícil de separar.
III- O estado hipnótico não é uma neurose. Os fenômenos que ocorrem na hipnose são naturais e psicológicos, podendo ser obtidos em muitas  pessoas durante o sono natural.
IV- Todos os procedimentos de hipnotização se resumem na sugestão, e a sugestão é a chave de todos os fenômenos hipnóticos.
A escola de Paris ou tão-somente chamada Escola da Salpêtrière, da qual faziam parte nomes como Babinski, Binet, Fere, Jean Janet, Richet, Gilles de la Tourete, com relação à hipnose, jamais prosperou. Durante o II Congresso Internacional de Psicologia realizado em Paris, Sidgwick, o presidente na seção de abertura, reconhecia publicamente a vitória da escola de Nancy. A Escola de Nancy expandiu-se  e ficou mais fortalecida com nomes como Emil Coué [1857- 1926], um farmacêutico que se tornou célebre com seu método de auto-sugestão consciente, e sua cérebre frase "A cada dia, sob todos os aspectos, vou cada vez melhor". Para Coué não é a sugestão que o hipnotizador faz que realiza alguma coisa, é a sugestão que é aceita pela mente da pessoa.
Bernheim numa palestra proferida na Universidade de Nancy em 12 de dezembro de 1906 descreve três estágios mais importantes na hsitória da hipnose até então. O primeiro estágio, magnetismo animal elaborado por Mesmer; o segundo, sono hipnótico ou hipnotismo devido a Braid; o terceiro, a teoria da sugestionalidade de Liebeault.
(texto em andamento e correção)

quarta-feira, 22 de junho de 2011

A NOSSA NATUREZA

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A irradiação da realidade é sedimentada na simplicidade da lógica universal;
tudo fica na guarida da superintendência da química e da física essencial;
Quem atravessa a linha do comum, do convencional, divisa-se com o território da produção consciente, da erudição.
Sente que o Poder que o conduz é algo misterioso;
É uma força.
É como um deus voraz e sedutor que vive à espreita do que é oportuno, da presa fácil.
Um deus por detrás dos espaços, dentro e fora do ar, da luz, da terra;
Que está no homem, na árvore, no animal, na pedra;
dentro e fora da vida e da morte!
Poder no que sei e no que não sei;
no bem e no mal.
Poder da estratégia, da inocência, da impudência e da ignorância!

terça-feira, 21 de junho de 2011

A CAUSADORA DE TODAS AS CAUSAS - a síntese universal

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A Alma criadora

(Alma que cria todas as coisas: o cosmos e as almas todas!)

A Alma é uma potencialidade; cria o pensamento, a energia e a comoção.
Do pensamento, a energia e a comoção surge a vida!
Somente um aprofundamento da idéia pode nos levar de encontro à
natureza da Alma.
Jamais elucidações baseadas somente em elementos materiais ou em personagem algum
possibilitariam retratar a consistência da Alma.
Assim também, não se destina a Alma exclusivamente à morte, mas à vida de todos os dias.

(Platão também diria que o filósofo de hoje desgarrou-se da essência do ser e da vida; seduzido na consagração do mundo das formas, se situou na práxis da inteligência retórica: tomada a forma pelo fundo.)

A Alma criada

A Alma deseja a consciência e esse desejo é a própria razão da existência - o animu.
Até agora, a Alma tem se confundido com o pensamento, o sentimento [ou a emoção]; mas se verifica que essas categorias são oriundas da atividade do sistema nervoso - SN, e não de um ser insustentável - o paradoxo. Tais categorias se organizam de acordo com a adaptação do organismo com o meio ambiente; a Alma experimenta os resultados dessa organização e os armazena como um potencial da vontade de consciência, de maior nitidez e magnitude, incitando, dessa forma, novos pensamentos, e por sua vez, incita o desejo de uma nova consciência - a sýnthesis do par dialético [nesse mesmo feitio, ocorre o circuito entre o pensamento e o sentimento]; nisto se configura a evolução humana.
Assim, a consciência parte do particular para o geral, da incongruência à realidade vivida e a Alma se satisfaz no deleite do conhecimento integral. Na Alma existe uma tendência ou necessidade natural da epistemologia.
Contudo, nos dias de hoje, pela pressão globalizada de uma tendência mercantilista, a episteme é vislumbrada pela sagacidade do pensamento e pelo escárnio do torpor das emoções; muito embora, a Alma, potencialmente retentiva do saber, tem a envergadura da evolução política, filosófica e moral do ser humano em sua função.
(texto em andamento e correção)