terça-feira, 17 de maio de 2011

A PEDRA FILOSOFAL

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   Desde o momento em que o pensamento simbólico despertou o hominídeo, há centenas de milênios, respaldando a sua evolução até o homo sapiens, ganhando, assim, melhor domínio sobre a sua própria natureza e caracterizando-se como uma raça dominante, nunca mais regressou ao mundo dos símios certamente, mas, ousou planar a infinitude dessa extraordinária capacidade psicológica, na qual toda transformação se fundamenta.
   No entanto, desde quando a consciência se ergue, levando em conta o imaginário como protótipo que estimula a fundamentação e sistematização do pensamento, se desfaz as incertezas, os exageros e as barbaries [se repensa a linha do tempo], o homem se harmoniza com a verdade, depura a justiça, o mito se metamorfoseia em ciência consistente, em lógica.
   Fazendo uma breve retrospectiva na história da ciência e da psicologia humana, recorro à uma espetacular novidade, que desveste o corpo de um fabuloso objeto mitológico, uma matéria divulgada na revista Isto É
-nº 2163- de 27/04/2011, de Patrícia Diguê.
   "A Receita da Pedra Filosofal...
Brasileiras... duas especialistas em história da ciência, Ana Maria Goldfarb e Márcia Ferraz, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)... encontram na Inglaterra um dos manuscritos mais procurados do século XVII e mostram a influência da alquimia sobre a ciência."
   É de nosso conhecimento que tal fato da pedra filosofal, desde o seu início, sempre foi cercado de mito, mistério e ambição, mas agora a perfeita razão dá vida real ao corpo imaginário: "...É a fórmula da pedra filosofal, o elixir universal buscado incansavelmente pelos alquimistas no século XVII que, acreditava-se, teria o poder de transformar metais em ouro e curar doenças, como pedras nos rins e na visícula."
   "Durante a pesquisa, elas chegaram ao alquimista francês Du Bois,... morto na Bastilha. Ele teria transformado chumbo em um metal dourado diante do rei Luís XIII. Crente de que teria uma fonte inesgotável de ouro, o rei exigiu uma cota semanal de Du Bois, que obviamente, não a entregou. Por isso foi enforcado. 'Metade da Europa estava atrás da pedra filosofal e tudo era mantido a sete chaves, com trocas de informações codificadas', conta Ana Maria."
   "...a pesquisa revelou que o assunto era seriamente discutido na Royal Society... Londres, instituição científica mais tradicional do mundo, inaugurada em 1660..., que abrigava cientistas do quilate de Newton. 'Aqueles homens brilhantes acreditavam que Du Bois havia conseguido um façanha', completa Ana Maria, acrescentando que a técnica consistia em jogar 'pó de projeção' (espécie de tintura) sobre o metal."
   "Os alquimistas... faziam experiências com metais, sal, mercúrio e enxofre, fórmulas misturadas com símbolos astrológicos e animais... O mito mais famoso da pedra é do alquimista Nicolas Flamel (séc.XIV), que teria encontrado um antigo livro com a receita e ficado rico... A alquimia foi a base da química moderna e possibilitou a descoberta de substâncias como o arsênico e o ácido clorídrico"
   Enfim, tais cientistas não se contentando com informações online, e diante de objetos de pesquisa autênticos na bioblioteca da Royal Society de Londres, encontram a fórmula secreta escrita no verso de um documento minuciosamente observado.
(texto suscetível à correção)