segunda-feira, 13 de agosto de 2012

AS PUPILAS DO UNIVERSO

AS PUPILAS DO UNIVERSO - A Emancipação do Ser: "EU SOU"


[...E as estrelas caíram ao chão.
E as estrelas estão na areia, misturadas com os cristais.
E os cristais se renovam na essência de sua luz; e o Espírito na Ciência.
A Ciência é a arte que se esconde no segredo da Natureza.
A Ciência está na atitude de conhecer, no saber abstrair da simples percepção: matriz de toda intuição.
A arte do pensar enxerga o mecanismo e a inteligência: a experiência do intransitivo Ser na abrangência do intrínseco ao extrínseco. 
Contudo, a vida desfere a absolvição de toda espécie de aberração, da tirânica perversão e da ingenuidade e recrudescimento do incognocível estigmatizante e arbitrário.]


Da Incerteza ao Vazio e o Paradoxo de uma sensação de infinitude, de imortalidade na vivência do ser no mundo; a certeza de uma relação estreita de apropriação e liberdade na natureza.
E tanta variabilidade num mundo que transborda em atitudes: um viver implicitamente focado no centro da consciência.
A concentração está circunscrita na necessidade da dissolução dos desejos e adversidades emergentes, que se transformam em experiência de vida, emancipando-se na excursão da individualidade.
Muitos se reportam convencidos de um arquétipo, sob o qual uma mente coletiva estabeleça determinada simbologia que dirige a particularidade, e é verdade. E por que não haveria de ocorrer esta marca restrita à singularidade, sobre si mesma? Contudo, se nega qualquer dimensão de uma construção simbólica autônoma a priori, outorgada pela (suposta) "anterioridade existencial" num organismo expirado pelo tempo que já existiu, ou seja, há resquícios de experiências pré-existencial preservadas nos escaninhos do "grande oceano" do Inconsciente pessoal: bem seja, magnífico arquivo psíquico da existência de um ser real que "coanimou" [coabitou] um mamífero ou um ser vivo numa geração anterior. Trata-se de uma espécie de substrato particularizado, constituinte das aspirações e sofrimentos humanos do hoje. Enfim, afirmamos que a reencarnação da alma é uma realidade.
É, com ponderação, fato estudado, retratado no fenômeno da Hipnose, especificamente, na Regressão Hipnótica, cito pura manifestação de fenômenos transpessoais, demonstrando elementos psíquicos existentes que atravessam o cotidiano comum - na psicoterapia, é o objeto da cura, da regulação do todo no indivíduo: não mera vaidade, discurso evasivo, tampouco, transgressão divina das refutações alusivas.
Há apenas alguns séculos, e podemos ter sido formiga ou baleia, cachorro ou cavalo, ou uma ave qualquer ou, mais distante, dinossauro ou ameba.
Atualmente, coanimamos um mamífero bem mais evoluído: um organismo humano, que se diferencia dos demais pelo volume do seu cérebro e pela camada cortical.
Numa situação hipnótica profunda, as recordações de vidas passadas, são muitas vezes, de "indivíduo físico antes de adquirirem autoconsciência individual. Provavelmente, progrediram através de mamíferos mais evoluídos, frequentemente para primatas, durante a evolução normal."
"...Os mamíferos superiores são conscientes, porém sua autoconsciência é vaga, lhes falta intelecto. Nossa autoconsciência pensante é para eles difícil e dolorosa, às vezes enlouquecedora."
O organismo humano é o único corpo físico que possibilita a alma adquirir autoconsciência plena. Somente após vários ciclos reencarnatórios, de vida e morte, a alma vai se tornando cada vez mais capaz de expressar o potencial autoconsciente [a Natureza: da Latência à Manifestação].
"A primeira ponte entre os animais e as pessoas é o volume crescente de cérebro. A outra, é a companhia das pessoas, animais domesticados como cavalos, cães, às vezes gatos."
Em sessões não raras, alguns relatos são de pertencimento a um grupo "indissolúvel" de almas. Uma situação um tanto obscura para ser descrita pela pessoa hipnotizada: à maneira de um elétron que salta da órbita de seu átomo, "...separaram-se (desta) massa psíquica geral, uma espécie de bolo de almas (e andam) pela Terra pela primeira vez, como substância de alma frescamente individualizada"*, depois, no momento em que a alma se encontra dissociada do organismo físico que lhe pertenceu (já falecido), no intervalo "entre vidas" - quando está cercada de outra dimensão [a etérica], retorna para esse seu habitat indefinidamente.

Também, há quem se engane querer que, ao relembrar de uma existência anterior, iremos nos deparar com uma pessoa perfeitamente idêntica, com as mesmas características biológica ou fisiológica, social, econômica ou geográfica do tempo atual, tal como família, cultura, raça e cor.
Segundo nossas experiências, há sempre um início e um fim do existir como pessoa, como identidade.
Inicia-se um ciclo ao nascermos e termina ao morrermos, e jamais existirá um ciclo igual em outro momento.
Na Natureza nada morre e depois revive. Essencialmente, apenas a química básica é imutável e a mistura dos seus elementos está subordinada às inúmeras possibilidades futuras.
Já que, em todas as espécies, os indivíduos se comportam de maneira similar, conforme a essência peculiar de cada uma delas, seja animal, vegetal ou mineral: um Ipê amarelo morre, nasce outro; mas, sempre será um Ipê amarelo.
A cada nova encarnação da alma há sempre um novo desafio, para uma mesma proposta primordial que persiste.