quinta-feira, 6 de junho de 2013

GIGANTE ADORMECIDO


Psique deusa do mundo,
reino dos homens.
Persuadidos vão no sopro que enleva.
Seguem os passos largos do capricho.
A incúria jamais tem culpas.
O fruto é de fascínio,
contornos de formosura.
O solo é rosto de homem,
as coisas preâmbulo de mãos:
máquinas que falam, que ouvem e enxergam,
que pensam e decidem.
O homem, mais do que nunca,
adorno de psique.
Sem germe, é terra vazia.
Sem primatas é lugar desprovido.
Em sítio simão, a psique é homem:
animal dominante, de cabeça uivante,
mas é luz que se apaga.
Cabeça de dois cérebros,
psique de duas faces:
se uma se mostra,  a outra se oculta;
se uma é perspicaz, a outra é sábia;
se uma é patrimônio, a outra é memória sempre.
A perspicaz vive de competência,
a outra de essência.
Mas, quando interagem e se integram é radiante epopeia,
é objeto sem extensão e sem peso;
não é sonho, nem ilusão,
mas, um imponente fenômeno de iluminação.