sexta-feira, 21 de maio de 2010

O DESLUMBRE DO INEVITÁVEL, A ILUSÃO DA MATÉRIA

A qual direção se orienta o entusiasmo?
Atendendo ao chamado de uma reflexão imperiosa, eis que o tributo da agonia é produto da defasagem psíquica e biológica, individual e coletiva: em que um conteúdo psíquico, originariamente infantilizado e medíocre, operava num organismo biologicamente desenvolvido.
Vejamos que quando fora oportuno suprimir a soberania dos valores religiosos, para focar o homem identificado no organismo físico, psicológico e social, validou-se os desdobramentos da opinião Ocidental, mas porque também fora desmistificada a realidade dinâmica de um mundo mitológico e subjugado, empregando-se devida importância à produtividade do pensamento coerente, sombra da veracidade, tendência nascida da matriz dialética, o homem se choca contra o seu limite e atravessa a fronteira do sagrado, atribuindo-se ao confrontamento da idéia e sua prática e, por fim, na constatação originar o imenso cabedal da literatura científica, da arte e da tecnologia.
O corpo morre, se deteriora, segue na alcova da desagregação corpuscular, a pessoa já não existe mais, e o consolo dos mortais é a subjetividade no acolhimento da eternidade divina!
Já os dados da prática da ciência da hipnose, que se detém no objeto da consciência, nos abre a cancela do mundo das "lembranças", congruentes aos atributos da Grande Causa que se esconde nos artifícios da Realidade. Posto que o Espírito é assim como os números: eles que mantém a representação da estrutura universal, eles são infinitos, eternos, absolutos e insolúveis, portanto, imortais.
O Espírito Humano, pela própria experiência arquitetada no desenvolvimento vislumbrante da vida, verifica que é uma coisa boa.
Que em tudo haja evolução: do simples ao complexo, da ignorância ao conhecimento;
Das infinitas possibilidades, no desvendar das eternas potencialidades guardadas na manifestação das ações do organismo biológico e psicológico do ser humano, o homem se encontra conhecendo.
Contudo, seria uma tremenda aberração do pensamento míope, que no mundo se deva seguir um modo unívoco e estereotipado, num conjunto de experiências individual, meramente respaldado num todo de conquistas sociais, supondo-se que seja o bastante.
Aliás, de acordo com essa mesma ciência, não é isso que se verifica, mas um conjunto de experiências vividas, arquivadas na memória subconsciente do indivíduo, em situações semelhantes ou dissemelhantes, em organismos distintos à cada época, e em territórios geográficos diversificados, que com isso elaboram a personalidade concomitantemente.
No entanto, o homem se ilude  com a magia da representação da consistência e plasticidade da matéria, a prioriza e se condiciona em detrimento de sistemas demagógicos e especulativos que deturpam a condução dos desdobramentos da inteligência, por uma via; e por outra, a obnubilação de virtudes naturais que enriquecem o Espírito.
Assim, as luzes do pensamento e do sentimento são dispersadas nos ideais da grande massa social, consolidando idiossincrasias do mofado, esclerosado e agonizante, deflagrando a refração da sensibilidade à espontaneidade, da inspiração, da criatividade e da arte.
Tais potencialidades - infinitamente possíveis - abrasam a consciência: um "estado" não convencional de ser, que não raro, é confundido com a patologia mental ou igualado com a insignificância e a negligência - ao qual se considera ocorrer "um transe espontâneo".
O homem que se vê saudável, é aquele que inova sempre, que extrapola o convencional; no entanto, a isquemia do pensamento se prolifera numa convulsão inevitável.