terça-feira, 29 de maio de 2012

O REAL

Quando dizemos, "estamos vivos", é quando queremos afirmar que temos consciência, por via de sensasões orgânicas, de nós mesmos em interação com o ambiente - "O conceito neurológico de consciência é que é um estado de atividade de todo o sistema nervoso e, em particular, do cérebro, o qual varia quantitativamente do grau máximo de ação mental até a inatividade completa, como no estado de coma ou em anestesia geral cirúrgica. Embora todas as partes do cérebro possam contribuir para os processos mentais durante a consciência, a atividade mental de todos os tipos parece depender do funcionamento normal de grupos de neurônios no diencéfalo primitivo...(citação em Rossi,E.L.)". É, pois, um fato incondicionalmente estabelecido, de um contexto real do qual pertencemos: da classe dos seres vivos, dos animais - mamíferos mais evoluídos, diferenciados apenas pelo volume crescente de massa encefálica.
Contudo, vence o pensamento organizado, contribuindo para o reordenamento de tal postura "ancestral"; legitima o instinto natural dominante, reestrutura o comportamento num aprimoramento do próprio ser e das condições do ambiente.
Nós somos o nosso organismo que existe! A morte extingue a nossa existência, imortalizada apenas nas nossas ações que a história pretende preservar.
A própria imortalidade humana é aceita unicamente por um viés virtual do sentimento, guiado por um cérebro mágico, onde se encontra um consolo emocional para justificar a pós-existência de uma personalidade ou de um ente querido falecido.
A consciência pertence somente ao mundo objetivo, por assim dizer, um produto do trabalho, da auto preservação e dos anseios do organismo psicossomático - vivemos exclusivamente para a consciência de espécie humana.
Que evolução é essa maneira - não compreendida e absoluta - de ser consciente, dirigida através de hostilizações, lutas latentes e manifestas, ambições, diferenças e indiferenças e emoções: posturas levadas pela auto-afirmação da personalidade e da dominação sugestiva seletiva?
Assim muito, não há o que ser estabelecido pela supra consciência, essa magnífica surpresa desvendada, que reside no obscuro mundo oceânico incosciente da mente humana. Portanto, o que se tem estabelecido e vivenciado maciçamente são condições ligadas a fatos da consciência.
Uma boa adaptação é um exemplo real de como a consciência é maleável e abrangente, envolvendo todo o nosso ser. Quando tudo que é novo, convivendo, se torna cotidiano e passa a ser comum.
Um indivíduo natural de determinada região geográfica que, apesar de perfeita adaptação ou familiaridade, precisasse se mudar, sabe-se que depois de um certo período estabelecido, se adaptaria naturalmente com o relevo, o costume, os modos e os caracteres da aparência de tal povo. Assim é que nos dispersamos de uma realidade maior e condicionalmente enveredamos a superestimar uma condição restrita, aquela apenas hipoteticamente tocaria o pensamento.
(este conteúdo está em construção, portanto, será acrescido, corrigido e reelaborado)