sexta-feira, 14 de maio de 2010

O ESPÍRITO - Princípio Inteligente Relegado

No início dos anos 1980 a OMS - Organização Mundial da Saúde - estabelecia que o foco dos interesses da ciência biomédica estivesse voltado, a partir de então, ao conhecimento mais detalhado do cérebro. Hoje teríamos, dentre as áreas atuantes, o desdobramento dessa tarefa a que se refere a neurociência.
Desde então, se tornaria ainda muito mais inaceitável a existência de um princípio inteligente discriminável do próprio organismo biológico. De acordo com o aperfeiçoamento dos instrumentos, mais se é convencido de que "somente" o cérebro, em interação com o ambiente, é que produz a mente.
Não negamos que determinadas reações ocorridas a nível do SNC -Sistema Nervoso Central- geram o limiar de propulsão de determinadas atitudes e do pensamento, e centro das emoções. Como também, não negamos a equivalência entre a capacidade mental e a capacidade neurológica.
Contudo, o que estamos tentando propor é que utilizar-se do escalpelo na dissecação do princípio inteligente, que interage com as intermináveis associações genéticas e sociais, ora sujeito, ora objeto, num ser que é de livre escolha e dependente da fragilidade do veículo a qual é inerente, não é de modo algum tarefa fácil de ser entendida.
Haja vista que apesar dos esforços do positivismo do século XIX, nos recônditos dos bastidores da ciência, renascia uma maneira peculiar de explicar a existência. Embora contradita e não reconhecida pela opinião oficial daquela época, por tratar-se de fenômenos que geralmente se calam na intimidade de todos nós. Porém, pela ocorrência de forma abundante e involuntária, nos inúmeros quadrantes da natureza, corroboravam com o interesse; logo alguns homens ávidos da pesquisa, elucidados pela coerência racional, erguiam-se no êxtase remanescente dos tempos dourados da história velada, revolucionaram.
O interesse nos estudos da hipnose, vinculados a tais fenômenos, de modo geral, se confundem com as justificativas das alucinações, da força da mente telepática, dentre outras. Contudo, tal momento faz ressurgir, com o remate da atualidade, uma ciência e uma prática muito antiga, tecida ao longo da história do espírito humano, somente valorizada por homens portadores da sutileza do saber.
Hoje, diante o panorama que se estabelece, percebe-se que esse mesmo movimento é inalterável no fogo ardente do entusiasmo. Ai temos os desdobramentos da hipnose, a renovação da ciência oficial e o princípio inteligente repensado, isso graças aos esforços do estudo e da reflexão em tal paradigma, e assim, o Espírito da Verdade, a Noesis -o mais elevado tipo de conhecimento- prevalece.
(texto em revisão)